Estamos diante de um cenário econômico bastante adverso. Recessão, queda da bolsa, empregos em baixa, aumento de impostos, falta de água, aumento de energia elétrica e combustíveis. Se pararmos para avaliar, todo esse enredo nos deixa temerosos e nos faz pensar que este ano de 2015 será tenebroso. Bem eu penso totalmente diferente. A crise é a oportunidade de deixarmos de lado a zona de conforto de fazermos a diferença. É evidente que todas essas variáveis nos afetam de forma direta, mais a intensidade que esse efeito fará em nossas vidas, está intimamente ligada a forma que iremos nos preparar para isso. Sempre foi nas crises e revoluções que o mundo evoluiu, pois quando o recurso está escasso as pessoas utilizam toda a sua criatividade para conseguir melhorar seus resultados. 2015 é o ano da superação, é o ano de fazer algo mais, dar a sua contribuição extra para conseguir obter o melhor resultado ou ainda manter o resultado já existente. Todas essas dificuldades são na verdade uma excelente oportunidade de mostrar nosso verdadeiro potencial. Quando tudo está bem, automaticamente relaxamos e deixamos como diz a música a vida nos levar. Quando sentimos a necessidade batendo a porta nosso instinto de sobrevivência nos fazer dar o melhor de nós para alcançar os melhores resultados. Aproveite que estamos no inicio do ano, estabelece seus objetivos e metas para 2015. Vença os obstáculos, faça a diferença no meio em que você atua e vive e fique longe dos profetas do apocalipse que só acreditam no caos. Por fim não se conforme com a situação, e sim faça com que a situação seja favorável a você independente de quais variáveis existam. Atitude é tudo na vida! Grande Abraço.
As Armadilhas do Simples Nacional
Quando foi lançado em julho de 2007, o Simples Nacional, ou o super simples como foi amplamente divulgado, tinha a missão de simplificar a vida do contribuinte que se enquadra como micro ou pequena empresa. Passados 07 anos posso dizer que houve bons avanços, todavia o empreendedor que optar ou já optou por esse regime deve ficar atento as armadilhas que essa pseuda simplificação lhe trará. O Simples Nacional foi inicialmente dividido por categoria onde foram criadas 05 (cinco) tabelas também chamadas de anexos. O Anexo I para comércio, o Anexo II para Indústria e do anexo III ao V para serviços, de acordo com o código de atividade econômica. A partir de 2015 teremos o anexo V-A ou também conhecido como anexo VI que permite aos profissionais liberais optarem pelo regime. Lembrando que neste anexo a alíquota inicial é de 16,93%. Sendo que o anexo IV e V tem tributação que dependente da faixa de faturamento são maiores do que o lucro presumido ou até mesmo o lucro real. O Simples Nacional possui em seus anexos 20 faixas de faturamento e tem a alíquota progressiva chegando a 11,61% no caso de comércio e a 22,90% no caso de serviços tributados pelo anexo IV, V e V-A. Ai que mora a armadilha para o empreendedor.
Quando um novo empreendedor inicia suas atividades ele procura aliar sua idéia a um preço competitivo para conseguir alavancar seu negócio e o imposto inicial é um fator que conta a favor para ele conseguir esse objetivo. Note-se que considerando o faturamento hipotético de uma empresa comercial no valor de R$ 20.000,00 mês (420 mil ano), o imposto será de 4% sobre o faturamento, ou seja, R$ 800,00. Se este negócio estiver em franco crescimento e no ano seguinte o faturamento subir para R$ 40.000,00 (480 mil ano) a alíquota do imposto subirá para 6,84%, perfazendo um total de R$ 2.736,00, ou seja em termos de faturamento a empresa aumentou 100%, em termos tributários o imposto aumentou 242,00%, ou seja, a carga tributária da empresa aumentou mais do que o dobro do crescimento da empresa. É neste ponto que quero alertar o empreendedor. Ele deve sempre fazer uma análise, de preferência mensal pois esse aumento no imposto, as vezes é entendido que foi por que o faturamento aumentou, quando na verdade ao aumentar o faturamento no regime do Simples Nacional, a empresa passa a ter majoração no seu imposto, o que com certeza afetará as margens de lucro da empresa. Não revisar isso pode levar a empresa a sérios problemas, pois da primeira faixa até a última do simples nacional (são 20 no total) a diferença de 190% só na alíquota nominal do imposto, ou seja, um aumento assustador.
Para os que optaram pelo simples, tem que se entender que o imposto aumenta a medida que seu faturamento cresce. Logo para manter a mesma margem de lucro a empresa vai precisar ter um controle efetivo dos custos, repassar aos seus produtos ou ainda melhorar sua gestão de compras para conseguir minimizar o efeito para os clientes. Fazendo isso o sucesso estará garantido em 2015.
Caderno de anotação de criminoso não é contabilidade!
Não é de hoje que ouço com muita frequência uma afirmação que de tão comum tem se tornado na verdade um bordão nos meios de comunicação. Se tornou comum nas reportagens sobre o crime organizado, a imprensa chamar as anotações precárias ou organizadas feitas por criminosos de contabilidade. Ora se aquelas anotações, sem nenhuma técnica pode ser chamada de contabilidade, podemos dizer então que todo brasileiro é um contador, pois a maioria tem seu caderno ou planilha de anotações de suas contas pessoais. Isso me leva a repudiar totalmente tais afirmações, pois essa associação além de leviana, leva a contabilidade para um campo que ela não tem tradição, ou seja o crime organizado. Ao chamar qualquer papel de pão de contabilidade a imprensa comete uma tremenda falta de respeito com os mais de 316 mil profissionais de contabilidade registrados no Brasil (fonte CFC dia 07-12-2014). O profissional de contabilidade, seja barachel ou técnico tem que passar por um longo período de estudo para conhecer, entender e praticar a ciência contábil, bem como todas as suas regras e aplicações, antes de começar a atuar.. A Contabilidade tem um papel fundamental para o país, pois é ela que fornece as informações para a tomada de decisão seja no poder público ou privado. Nenhuma empresa, nenhum órgão público se mantém se não tiver a contabilidade como sua aliada imprescindível. Deixo aqui meu total repúdio a essa falta de respeito com nossa profissão e sugiro aos órgãos de classe que encaminhem aos principais órgãos de imprensa um documento de insatisfação com essa afirmação e mostrando o verdadeiro papel do contabilidade que é sem sombra de dúvidas, contribuir para uma sociedade melhor através da assessoria as empresas e órgãos públicos. Nos países desenvolvidos o profissional contábil está entre os mais importantes e temos que lutar para que no Brasil aconteça o mesmo. Não podemos aceitar sermos comparados a criminosos. Unidos somos mais fortes. Pensem nisso e boa semana.